Tecnologia 3D na medicina fetal

Melhorar a vida das pessoas é uma tarefa que envolve todos nós e que começa com o único desejo de fazê-lo. As ferramentas tecnológicas por si só, não são capazes de fazer grandes mudanças ou ter impacto na vida das pessoas se não forem conduzidas por alguém que, com grande engenhosidade, as aproveita ao máximo. Hoje podemos impactar a vida, mesmo antes de começar.

Modelo anatômico do feto impresso em 3D

A infraestrutura tecnológica e o profundo conhecimento em manufatura aditiva são cada vez mais cultivados graças à confiança e ao conhecimento de grandes médicos que, juntos, oferecem soluções para diagnósticos e processos que antes pareciam impossíveis.

A Materialise entrevistou o Dr. Heron Werner, especialista em medicina fetal, ultrassom em obstetrícia e ginecologia. Professor visitante do Departamento de Radiologia do Children’s Hospital of Philadelphia (CHOP), nos Estados Unidos, é também membro fundador da Academia Brasileira de Ultrassonografia e da Academia Latino-Americana de Ultrassonografia.

O Dr. Werner comenta sobre as contribuições que a tecnologia 3D tem gerado, através do software Mimics (produto Materialise), do planejamento cirúrgico e biomodelos, na sua investigação sobre malformações fetais complexas.

Brasil, 2021

O que motiva o uso da tecnologia 3D em seu trabalho?

Dr. Werner: Eu trabalho na área de Medicina Fetal. Pesquisamos a impressão 3D desde 1997. Nosso foco inicial era construir modelos de malformações fetais a partir de arquivos de ultrassom e ressonância magnética para fins acadêmicos e discussão multidisciplinar.

Quais são os principais aplicativos para os quais você usa a tecnologia 3D?

Dr. Werner: Na minha área de atuação, usamos a impressão 3D no estudo de malformações fetais complexas, para explicar aos pais uma determinada patologia (por exemplo, lábio leporino) e também a usamos em casos de acompanhamento da gravidez de pacientes com deficiência visual. A impressão 3D também está sendo usada para começar a discutir o planejamento cirúrgico no período pré-natal.

Como nosso software Mimics o ajudou a desenvolver seu trabalho?

Dr. Werner: O Mimics (Materialise) tem muitos recursos para fazer uma boa segmentação dos arquivos obtidos pela ressonância magnética fetal.

Você poderia compartilhar conosco um caso específico de um paciente que se beneficiou com o uso da tecnologia 3D?

Dr. Werner: Temos casos importantes como o atendimento pré-natal para pacientes com deficiência visual. Os arquivos de ultrassom fetal e ressonância magnética podem ser impressos após cada exame, dando à paciente que não enxerga a oportunidade de sentir seu filho (vínculo materno-fetal). A impressão 3D também é muito importante em casos de gemelaridade imperfeita. Nestes casos, auxilia no início do planejamento cirúrgico que será no pós-natal até mesmo no pré-natal.

Olhando para o futuro, o que você acha que é necessário para apoiar o crescimento contínuo dessa tecnologia na medicina?

Dr. Werner: O foco principal para o futuro será aumentar a velocidade de segmentação dos arquivos de ultrassom e ressonância magnética fetal.

Dr. Werner e Gerson Ribeiro, Desenvolvedor Digital, segurando um modelo anatômico de feto impresso em 3D

As aplicações da tecnologia 3D na medicina estão avançando em todos os campos possíveis e impactando a vida de médicos e pacientes de maneiras que não poderíamos ter imaginado. Fazer com que os tratamentos personalizados se tornem tratamentos padrão é uma missão na qual continuaremos a trabalhar lado a lado com os especialistas que desejam continuar inovando conosco.

(Agradecimentos especiais a Todd Pietila e Bruno Barreto)

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